Era meia noite e Sophie estava sentada num banquinho escondido no meio do central park. Tinha fome. A última dose de sangue que tinha tomado tinha sido um drink de vodka, morango e A+. Espreitava qualquer vítima que pudesse aparecer, pelo menos para desacordá-la e tirar um pouco do seu sangue. Com o último acidente de trem que teve na Pensilvânia, todos os postos de saúde dos Estados Unidos tiveram que mandar suas reservas para lá, de modo a ajudar todas as vítimas. Sophie odiava isso, ela não gostava de ter que caçar em busca de sangue, mas era realmente uma questão de vida ou morte.
Passados alguns minutos, finalmente alguém vinha naquela direção. Mas ainda estava longe, de modo que Sophie podia pensar na melhor maneira de abordá-la. Era ótimo poder sentir coisas a longa distância quando se tratava da sobrevivência de sua espécie. Pouco tempo depois, o cheiro da provavel vitima vinha mais apurado. Foi então que todas as defesas de Sophie se desarmaram. O cheiro de sua vitima era tao adoravelmente inebriante que ela nao pode preparar o ataque.
Algo naquele cheiro lhe lembrava de alguma coisa de antes de se tornar a criatura que é agora. Achava até então que era o mesmo cheiro que seu primeiro amor exalava assim que ela tinha sido tranformada. Era extremamente estranho pensar que mesmo depois desses quase 100 anos ainda se lembrava do cheiro do seu 1º amor verdadeiro. Ele era um duque, inglês, modos impecáveis. Na época que desabrochou a paixão entre os dois, ela tinha uns 17 anos e ele, por volta de 23. Mas se conheciam desde crianças, pois os pais deles era amigos. Ela concretizou uma relação fulgaz com ele durante muito pouco tempo. E depois, ele partiu para se focar em seu trabalho. Quando ele voltou, uns 8 anos depois, queria casar com ela. Ficaram mas dois meses depois, ela estava com 25 anos e foi transformada, o que a obrigou a se afastar de todos que amava.
Mas algo nesse cara que estava prestes a passar por ela, a intrigava. Ele tinha o mesmo odor de seu antigo noivo, Charles, mas mesmo assim não tinha. Era como se o cheiro dele fosse o mesmo, acrescido de uma leve essencia de canela e menta. Tão agradável a seu olfato superior. Toda essa brincadeira que o odor dele fez com as suas memórias, acabaram distraíndo-a de seu objetivo e de todo o mais. De repente, ela ouviu uma voz suave como se fosse a melodia de um violino, mas também grave e sexy como um som de um baixo:
- Moça, a senhora está bem?
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2 comments:
nat, sua historia está excelente e, como os nossos estilos de desenvolvimento são bizarramente diferentes, não vou tocar nela. como já falei, estava pensando em postar uma similar e, essa vai ser a minha single, okay? só mudei as tags da história, mais à frente vc vai entender o pq
kissu ;*
Bah, sensacional, gostei pakas, aguardando a continuação ansiosamente :)
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