Monday, 15 September 2008
Friday, 12 September 2008
A Dama da Noite - Segundo Capítulo
E eis que estava ela no centro de Londres. Todo o terror que passara em sua vida apenas a tinha deixado mais bonita. Muito parecida com sua mãe, sua pele era quase translúcida, pois evitava a luz do sol. Seus olhos tristes lhe davam um ar de doce melancolia e sua boca era vermelho sangue, por mordê-los de aflição durante todos os seus pesadelos. Seu rosto estava abatido pois dormia mal e só se alimentava depois de desmaiar uma ou duas vezes, afinal não sentia prazer na comida. Seus únicos momento de calma aconteciam quando bebia e, assim fugia de tudo o que se passava em sua cabeça.
Tinha chegado ali por volta das 8 da noite e, como estava exaustaprocurou uma pensão barata onde dormir. Algumas horas depois, foi acordada por mais um de seus pesadelos com o padrasto e resolveu sair à cidade para conhecê-la melhor. A cidade fedia menos durante a noite e as prostitutas que se ofereciam aos pedestres se puseram a chingá-la, imaginando que ela era mais uma a ocupar o ponto. Violet as ignorou por completo, pois tinha levado dinheiro suficiente para dois anos de luxo, não que acreditasse que viveria tanto.
O ponto mais animado da cidade parecia ser uma taberna, onde alguns poetas brindavam às suas fantasias e contavam histórias que creíam terríveis. De repente, surge um anjo, o ideal de perfeição de todos ali. James para na hora sua narrativa sanguinolenta e lhe oferece um copo de whiskey, que ela acaba de uma vez só. Com um sorriso desafiador, ela diz:
- Terais que tentar algo mais forte para me deixar feliz. Terais que contar histórias mais assustadoras que a minha vida para me assustar. E, acima de tudo, terais que ser mais verdadeiros do que jamais fôsteis para sequer me fazer suspirar.
E então se calou e se pôs a ouvir sua narrativa. Era um bom escritor, embora não conseguisse se expressar sobre o amor, como se falasse de algo que não conhecia. Ao final de sua história, e quando estavam quase todos os bêbados desmaiados, Violet decidiu ir para o seu quarto.
Porém, foi seguida por James, que lhe perguntou se poderia subir e conversar um pouco. Ela lhe assentiu com um sorriso agradável.
- O que procuras por aqui? - ela perguntou.
- Procuro um amor pelo qual valha a pena morrer, um sentimento de verdade.
- E como poderias sentir depois de estar morto? Afinal, a morte é o fim de todos os sentimentos, sejam eles bons ou não. Buscas a pureza do amor ou o prazer de uma noite?
- Busco a ti, ao menos por hoje.
- Fizeste sua escolha. - ela disse e, com um beijo selu o destino do jovem poeta. Passou o resto da noite com ele e, no dia seguinte se mudou dali, para não ser mais encontrada. No dia seguinte a este, ele leu sua melhor história aos colegas de taberna, aquela que seria seu grande sucesso póstumo, enquanto tossia suas primeiras gotas de sangue. Duas semanas depois, ele morreu tuberculoso.
Tinha chegado ali por volta das 8 da noite e, como estava exaustaprocurou uma pensão barata onde dormir. Algumas horas depois, foi acordada por mais um de seus pesadelos com o padrasto e resolveu sair à cidade para conhecê-la melhor. A cidade fedia menos durante a noite e as prostitutas que se ofereciam aos pedestres se puseram a chingá-la, imaginando que ela era mais uma a ocupar o ponto. Violet as ignorou por completo, pois tinha levado dinheiro suficiente para dois anos de luxo, não que acreditasse que viveria tanto.
O ponto mais animado da cidade parecia ser uma taberna, onde alguns poetas brindavam às suas fantasias e contavam histórias que creíam terríveis. De repente, surge um anjo, o ideal de perfeição de todos ali. James para na hora sua narrativa sanguinolenta e lhe oferece um copo de whiskey, que ela acaba de uma vez só. Com um sorriso desafiador, ela diz:
- Terais que tentar algo mais forte para me deixar feliz. Terais que contar histórias mais assustadoras que a minha vida para me assustar. E, acima de tudo, terais que ser mais verdadeiros do que jamais fôsteis para sequer me fazer suspirar.
E então se calou e se pôs a ouvir sua narrativa. Era um bom escritor, embora não conseguisse se expressar sobre o amor, como se falasse de algo que não conhecia. Ao final de sua história, e quando estavam quase todos os bêbados desmaiados, Violet decidiu ir para o seu quarto.
Porém, foi seguida por James, que lhe perguntou se poderia subir e conversar um pouco. Ela lhe assentiu com um sorriso agradável.
- O que procuras por aqui? - ela perguntou.
- Procuro um amor pelo qual valha a pena morrer, um sentimento de verdade.
- E como poderias sentir depois de estar morto? Afinal, a morte é o fim de todos os sentimentos, sejam eles bons ou não. Buscas a pureza do amor ou o prazer de uma noite?
- Busco a ti, ao menos por hoje.
- Fizeste sua escolha. - ela disse e, com um beijo selu o destino do jovem poeta. Passou o resto da noite com ele e, no dia seguinte se mudou dali, para não ser mais encontrada. No dia seguinte a este, ele leu sua melhor história aos colegas de taberna, aquela que seria seu grande sucesso póstumo, enquanto tossia suas primeiras gotas de sangue. Duas semanas depois, ele morreu tuberculoso.
Tuesday, 9 September 2008
A Dama da Noite - Primeiro Capítulo
Finalmente Violet voltara para a sua velha Londres. Depois de uma década e meia fora, sua cidade era o mesmo lixo humano sombrio. Porém, agora ela se sentia parte dali, afinal não era mais a criancinha feliz e sonhadora. Ainda lembrava de si mesma aos cinco anos. Sua mãe lhe dizia que iam deixar toda aquela miséria, agora que tinha se casado com um lorde escocês. Não! Ela não queria se mudar! Gostava de sua vida, gostava de ver as pessoas que passavam na freira em que sua mãe trabalhava, enquanto brincava com sobras e conversava com o pequeno Will, um vizinho. Gostava de ficar perto dele e nem sabia o porquê.
Mesmo assim, ela teve que acompanhar a mãe. E como ela estava linda em seu casamento! Seu belo rosto era emoldurado por longos cabelos negros, que lhe caíam até a cintura fina em um vestido branco sem brilhos, mas que apenas realçava seus detalhes. Ela tinha em seus lábios um sorriso que havia muito tempo não revelava. Aliás, essa fora a última vez que Violet a viu sorrir. A noite seguinte à das núpcias fora o começo de eu pesadelo. Ouvia seu padrasto bater em sua mãe impiedosamente, xingando-a de nomes que até então não conhecia. Ela resistiu por 4 anos para proteger sua filha e, depois disso sua vida ficou ainda pior.
Suportou tudo pelo que passara a sua mãe, toda a violência, todos os atos forçados por dez anos, até que, numa noite em que não suportava mais o nojo por aquele homem, pegou uma faca e atacou seu agressor, que dormia bêbado ao seu lado. Cantava feliz como quando tinha 5 anos enquanto fazia o sangue espirrar do corpo já sem vida. Tomou um longo banho para se purificar para sempre daquele maldito e vestiu as roupas de sua mãe, que lhe caíam perfeitamente bem. Deu uma última olhada na casa de seus pesadelos e foi embora lentamente, junto com o sentimento que nada estava bem. O ano seguinte ela passou fugindo das autoridades locais e tentando voltar para Londres, imaginando o quanto seria feliz quando voltasse à sua cidade.
Mesmo assim, ela teve que acompanhar a mãe. E como ela estava linda em seu casamento! Seu belo rosto era emoldurado por longos cabelos negros, que lhe caíam até a cintura fina em um vestido branco sem brilhos, mas que apenas realçava seus detalhes. Ela tinha em seus lábios um sorriso que havia muito tempo não revelava. Aliás, essa fora a última vez que Violet a viu sorrir. A noite seguinte à das núpcias fora o começo de eu pesadelo. Ouvia seu padrasto bater em sua mãe impiedosamente, xingando-a de nomes que até então não conhecia. Ela resistiu por 4 anos para proteger sua filha e, depois disso sua vida ficou ainda pior.
Suportou tudo pelo que passara a sua mãe, toda a violência, todos os atos forçados por dez anos, até que, numa noite em que não suportava mais o nojo por aquele homem, pegou uma faca e atacou seu agressor, que dormia bêbado ao seu lado. Cantava feliz como quando tinha 5 anos enquanto fazia o sangue espirrar do corpo já sem vida. Tomou um longo banho para se purificar para sempre daquele maldito e vestiu as roupas de sua mãe, que lhe caíam perfeitamente bem. Deu uma última olhada na casa de seus pesadelos e foi embora lentamente, junto com o sentimento que nada estava bem. O ano seguinte ela passou fugindo das autoridades locais e tentando voltar para Londres, imaginando o quanto seria feliz quando voltasse à sua cidade.
Monday, 8 September 2008
Argumentações contra a própria carne - First Chapter
Era meia noite e Sophie estava sentada num banquinho escondido no meio do central park. Tinha fome. A última dose de sangue que tinha tomado tinha sido um drink de vodka, morango e A+. Espreitava qualquer vítima que pudesse aparecer, pelo menos para desacordá-la e tirar um pouco do seu sangue. Com o último acidente de trem que teve na Pensilvânia, todos os postos de saúde dos Estados Unidos tiveram que mandar suas reservas para lá, de modo a ajudar todas as vítimas. Sophie odiava isso, ela não gostava de ter que caçar em busca de sangue, mas era realmente uma questão de vida ou morte.
Passados alguns minutos, finalmente alguém vinha naquela direção. Mas ainda estava longe, de modo que Sophie podia pensar na melhor maneira de abordá-la. Era ótimo poder sentir coisas a longa distância quando se tratava da sobrevivência de sua espécie. Pouco tempo depois, o cheiro da provavel vitima vinha mais apurado. Foi então que todas as defesas de Sophie se desarmaram. O cheiro de sua vitima era tao adoravelmente inebriante que ela nao pode preparar o ataque.
Algo naquele cheiro lhe lembrava de alguma coisa de antes de se tornar a criatura que é agora. Achava até então que era o mesmo cheiro que seu primeiro amor exalava assim que ela tinha sido tranformada. Era extremamente estranho pensar que mesmo depois desses quase 100 anos ainda se lembrava do cheiro do seu 1º amor verdadeiro. Ele era um duque, inglês, modos impecáveis. Na época que desabrochou a paixão entre os dois, ela tinha uns 17 anos e ele, por volta de 23. Mas se conheciam desde crianças, pois os pais deles era amigos. Ela concretizou uma relação fulgaz com ele durante muito pouco tempo. E depois, ele partiu para se focar em seu trabalho. Quando ele voltou, uns 8 anos depois, queria casar com ela. Ficaram mas dois meses depois, ela estava com 25 anos e foi transformada, o que a obrigou a se afastar de todos que amava.
Mas algo nesse cara que estava prestes a passar por ela, a intrigava. Ele tinha o mesmo odor de seu antigo noivo, Charles, mas mesmo assim não tinha. Era como se o cheiro dele fosse o mesmo, acrescido de uma leve essencia de canela e menta. Tão agradável a seu olfato superior. Toda essa brincadeira que o odor dele fez com as suas memórias, acabaram distraíndo-a de seu objetivo e de todo o mais. De repente, ela ouviu uma voz suave como se fosse a melodia de um violino, mas também grave e sexy como um som de um baixo:
- Moça, a senhora está bem?
Passados alguns minutos, finalmente alguém vinha naquela direção. Mas ainda estava longe, de modo que Sophie podia pensar na melhor maneira de abordá-la. Era ótimo poder sentir coisas a longa distância quando se tratava da sobrevivência de sua espécie. Pouco tempo depois, o cheiro da provavel vitima vinha mais apurado. Foi então que todas as defesas de Sophie se desarmaram. O cheiro de sua vitima era tao adoravelmente inebriante que ela nao pode preparar o ataque.
Algo naquele cheiro lhe lembrava de alguma coisa de antes de se tornar a criatura que é agora. Achava até então que era o mesmo cheiro que seu primeiro amor exalava assim que ela tinha sido tranformada. Era extremamente estranho pensar que mesmo depois desses quase 100 anos ainda se lembrava do cheiro do seu 1º amor verdadeiro. Ele era um duque, inglês, modos impecáveis. Na época que desabrochou a paixão entre os dois, ela tinha uns 17 anos e ele, por volta de 23. Mas se conheciam desde crianças, pois os pais deles era amigos. Ela concretizou uma relação fulgaz com ele durante muito pouco tempo. E depois, ele partiu para se focar em seu trabalho. Quando ele voltou, uns 8 anos depois, queria casar com ela. Ficaram mas dois meses depois, ela estava com 25 anos e foi transformada, o que a obrigou a se afastar de todos que amava.
Mas algo nesse cara que estava prestes a passar por ela, a intrigava. Ele tinha o mesmo odor de seu antigo noivo, Charles, mas mesmo assim não tinha. Era como se o cheiro dele fosse o mesmo, acrescido de uma leve essencia de canela e menta. Tão agradável a seu olfato superior. Toda essa brincadeira que o odor dele fez com as suas memórias, acabaram distraíndo-a de seu objetivo e de todo o mais. De repente, ela ouviu uma voz suave como se fosse a melodia de um violino, mas também grave e sexy como um som de um baixo:
- Moça, a senhora está bem?
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