E lá estava ela, em mais um noite na taverna. Bebia com três desconhecidos, Stuart, Willian e Vince, que lhe contavam notícias sobre a sua velha cidade e alguns de seus contos. Todos eram muito atraentes, e tinham o mesmo tipo físico, que lhe chamava a atenção. O sorriso irônico de Stuart era tão cativante quanto o jeito quase obsessivo que Vince batucava em sua mesa. Mas nada era tão bonito, tão aflitivo quanto os escuros olhos de William. Algo neles a fazia perder a confiança e se sentir como se fosse uma criança de novo. Sentimento que, mesmo fazendo-a se sentir inferior, lhe proporcionava uma sensação de conforto e pureza que desconhecia.
Eram 4 horas da manhã e ela se viu em uma divertida discussão sobre as igrejas da França (ou seriam as praias de Portugal?) com Vince e William, quando este passou mal. Ela ajudou Vince a levar o amigo em casa e, após isso, como nada parecia má idéia, aceitou seu convite para passar a noite em sua casa. Ela sempre pensava em casas como uma extensão da personalidade de seu morador, e julgando por esse quesito, a casa dele parecia irritantemente organizada e sem imaginação. Como se ali morasse um padre, e não um poeta.
Ele a apresentou o seu escritório, porém como estava bêbada demais, acabou derrubando folhas soltas de seu novo poema. "Cuidado para não estragar tudo!", ele quase gritou. Violet apenas bocejou. Céus, como ele a estava entediando. "Gostaria de ir a algum lugar em que você não poderia quebrar nada?", ele perguntou. Ela apenas grunhiu em resposta, e o seguiu até o quarto. Nossa, como ele era entediante. Ela deve ter cochilado pelo menos duas vezes durante o ato. Antes de sair, ela lhe perguntou se havia algo pelo qual ele morreria.
"Pela arte", ele respondeu. "Bela resposta" ela disse, mesmo achando que era a pior frase genérica e cliché jamais inventada. Fechou a porta da casa, deu uma olhada em volta, e a casa lhe causou arrepios. Não se sabe se o motivo de sua morte foi mesmo a arte, mas uma semana depois, ele se matou. Pelo que se dizia, a causa foi uma simples e não-romantizada loucura causada pelo tédio.
Thursday, 8 January 2009
Saturday, 29 November 2008
Mais um conto nonsense de merda
Alfred, um taxista ateu estava dirigindo um avião para pagar a aposta que fizera com o espelho sobre quem ficaria mais tempo sem respirar. Na verdade, ele achava que tinha ganhado mas, como o espelho se recusava à pagar a aposta, ele resolveu pagá-la afinal, se não fosse um dos dois, quem pagaria?
Conseguir o avião não foi fácil, ele teve que tirar uma combinação dupla de seis nos dados, seguida de cinco, para cair na companhia de táxi aéreo. Realizado o seu objetivo (conquistar a África, a América e mais um continente à sua escolha), ele apresentou seu crachá de motorista e eles logo lhe cederam um táxi aéreo, afinal ele era taxista.
Infelizmente, ele bateu o avião em uma igreja crente e foi obrigado a participar de uma sessão de descarrego. Mas, como era uma pessoa muito educada, apenas disse "De nada" e perguntou aonde era o toilet. Como ele não estava na França, foi parar no banheiro mesmo. No caminho, ele viu o armário de doações, com todo o dinheiro que ele precisava para um avião novo. Como ele precisava tirar água do joelho (pois tinha a mesma doença rara no joelho que o Ronaldinho, que o obrigava a operar constantemente o órgão e a ser tratado por enfermeiras muito feias), ele fez suas necessidades, roubou o dinheiro e fugiu.
Infelizmente, ele entrou em uma floresta sombrinha. Sim, a floresta era realmente sombrinha: Tinha de todas as formas, cores, estampas e tamanhos. "Então é pra cá que vem os guardas-chuvas que eu perco?", ele pensou. "Não, só as sombrinhas", uma voz em sua cabeça respondeu. "Meu Deus, como você pôde me ouvir?". "Eu sou o seu pai!", a voz respondeu, "Não, não é isso... Hum, droga. Adeus!". E, ele nunca mais ouviu a voz.
Então, ele continuou andando até encontrar o lago das moedinhas de dez centavos. "Meu Deus", ele pensou, "eu só posso estar no bolso da calça. Ou pior, dentro de um sofá!". Andando mais um pouco, ele chegou ao vale das canetas Bic. Sabendo que elas se tratavam de sondas alien (Afinal, todos sabem disso.), ele se agarrou a uma delas para fazer parte deste lindo trânsito intergalático que é a vida. Ao se deparar com uma placa de "Como estou dirigindo?", ele tomou um susto tão grande, que se soltou.
E caiu, caiu, caiu. Teria se esborrachado e morrido, se não tivesse comprado uma cama elástica antes de tocar no chão. Infelizmente, ele gastou todo o dinheiro que tinha com a cama elástica e teve que trabalhar como lavador de pratos durante 143 semanas para pagar o prejuízo que tinha causado. Depois disso, se aposentou e até hoje mora em uma ilha tropical no Canadá. Ou é vendedor de Havaianas na Rússia. Ou morreu, sei lá.
Conseguir o avião não foi fácil, ele teve que tirar uma combinação dupla de seis nos dados, seguida de cinco, para cair na companhia de táxi aéreo. Realizado o seu objetivo (conquistar a África, a América e mais um continente à sua escolha), ele apresentou seu crachá de motorista e eles logo lhe cederam um táxi aéreo, afinal ele era taxista.
Infelizmente, ele bateu o avião em uma igreja crente e foi obrigado a participar de uma sessão de descarrego. Mas, como era uma pessoa muito educada, apenas disse "De nada" e perguntou aonde era o toilet. Como ele não estava na França, foi parar no banheiro mesmo. No caminho, ele viu o armário de doações, com todo o dinheiro que ele precisava para um avião novo. Como ele precisava tirar água do joelho (pois tinha a mesma doença rara no joelho que o Ronaldinho, que o obrigava a operar constantemente o órgão e a ser tratado por enfermeiras muito feias), ele fez suas necessidades, roubou o dinheiro e fugiu.
Infelizmente, ele entrou em uma floresta sombrinha. Sim, a floresta era realmente sombrinha: Tinha de todas as formas, cores, estampas e tamanhos. "Então é pra cá que vem os guardas-chuvas que eu perco?", ele pensou. "Não, só as sombrinhas", uma voz em sua cabeça respondeu. "Meu Deus, como você pôde me ouvir?". "Eu sou o seu pai!", a voz respondeu, "Não, não é isso... Hum, droga. Adeus!". E, ele nunca mais ouviu a voz.
Então, ele continuou andando até encontrar o lago das moedinhas de dez centavos. "Meu Deus", ele pensou, "eu só posso estar no bolso da calça. Ou pior, dentro de um sofá!". Andando mais um pouco, ele chegou ao vale das canetas Bic. Sabendo que elas se tratavam de sondas alien (Afinal, todos sabem disso.), ele se agarrou a uma delas para fazer parte deste lindo trânsito intergalático que é a vida. Ao se deparar com uma placa de "Como estou dirigindo?", ele tomou um susto tão grande, que se soltou.
E caiu, caiu, caiu. Teria se esborrachado e morrido, se não tivesse comprado uma cama elástica antes de tocar no chão. Infelizmente, ele gastou todo o dinheiro que tinha com a cama elástica e teve que trabalhar como lavador de pratos durante 143 semanas para pagar o prejuízo que tinha causado. Depois disso, se aposentou e até hoje mora em uma ilha tropical no Canadá. Ou é vendedor de Havaianas na Rússia. Ou morreu, sei lá.
Wednesday, 8 October 2008
Jack, o Rei das Cenourinhas (conto psicodélico)
Um belo dia, Jack J Jackson estava andando por uma rua em um país, quando de repente depara com um alemão que lhe fala para tomar cuidado com o cachorro. Como Jack não sabia nada de alemão, não tomou cuidado. Eis que surge um poodle gigantesco espumando de raiva. Jack, desesperado corre tanto que não consegue evitar que estrelas surjam de seus pés. Ele se vira para tentar observar as estrelas, mas acaba tropeçando em uma melancia e caindo em uma toca subterrânea de gatos, que jogavam poker.
Como queria passar o tempo mas não tinha relógio, pediu a eles para entrar no jogo, apostando a melancia em que tropeçou. Ele ganhou todas as partidas, o que irritou profundamente os gatos, que começaram a espumar. Felizmente, nosso herói foi sugado por uma grande flauta gigante, que na verdade era um corredor com acesso a um saxofone maior ainda. No final do saxofone, descobriu uma boca, que pertencia a Sílvia S Silva, uma garota do tamanho dele, por quem se apaixonou.
Ele lhe perguntou o que deveria fazer para conseguir o seu coração e ela lhe respondeu que não era doadora de órgãos, mas que se a quisesse por inteiro, deveria livrá-la de um sapo gigante que enchia a casa dela de moscas. As moscas eram minúsculas, mas não a deixavam dormir, porque eram muito indelicadas e assistiam à televisão a madrugada inteira. Além disso, elas comiam toda a comida da casa e ainda deixavam a geladeira aberta.
Então, ele subiu em seu fantástico trem voador, pegou seu pão francês de ontem, e foi atrás do maldito sapo. Encontrou-o em seu castelo dando ordens a pequenas cenouras acorrentadas. Ao notar a presença de nosso herói, o sapo tentou pegar sua varinha de condão que tinha roubado de uma princesa ladra que passara por ali. Jack, porém, foi mais rápido e conseguiu aprisionar o sapo em caixa de lentinhas que achara num canto. Ele, então, resolveu se denominar o Rei das Cenourinhas e fez uma festa em comemoração à sua vitória, colocando fogo nas moscas e as usando como fogos de artíficio. Ele se esqueceu de Sílvia e viveu feliz para sempre.
PS.: A autora não usa nem usou drogas.
PPS.: Enquanto escrevia, a autora ouvia David Bowie, The Who, Jefferson Airplane e The Doors.
Como queria passar o tempo mas não tinha relógio, pediu a eles para entrar no jogo, apostando a melancia em que tropeçou. Ele ganhou todas as partidas, o que irritou profundamente os gatos, que começaram a espumar. Felizmente, nosso herói foi sugado por uma grande flauta gigante, que na verdade era um corredor com acesso a um saxofone maior ainda. No final do saxofone, descobriu uma boca, que pertencia a Sílvia S Silva, uma garota do tamanho dele, por quem se apaixonou.
Ele lhe perguntou o que deveria fazer para conseguir o seu coração e ela lhe respondeu que não era doadora de órgãos, mas que se a quisesse por inteiro, deveria livrá-la de um sapo gigante que enchia a casa dela de moscas. As moscas eram minúsculas, mas não a deixavam dormir, porque eram muito indelicadas e assistiam à televisão a madrugada inteira. Além disso, elas comiam toda a comida da casa e ainda deixavam a geladeira aberta.
Então, ele subiu em seu fantástico trem voador, pegou seu pão francês de ontem, e foi atrás do maldito sapo. Encontrou-o em seu castelo dando ordens a pequenas cenouras acorrentadas. Ao notar a presença de nosso herói, o sapo tentou pegar sua varinha de condão que tinha roubado de uma princesa ladra que passara por ali. Jack, porém, foi mais rápido e conseguiu aprisionar o sapo em caixa de lentinhas que achara num canto. Ele, então, resolveu se denominar o Rei das Cenourinhas e fez uma festa em comemoração à sua vitória, colocando fogo nas moscas e as usando como fogos de artíficio. Ele se esqueceu de Sílvia e viveu feliz para sempre.
PS.: A autora não usa nem usou drogas.
PPS.: Enquanto escrevia, a autora ouvia David Bowie, The Who, Jefferson Airplane e The Doors.
Monday, 15 September 2008
Friday, 12 September 2008
A Dama da Noite - Segundo Capítulo
E eis que estava ela no centro de Londres. Todo o terror que passara em sua vida apenas a tinha deixado mais bonita. Muito parecida com sua mãe, sua pele era quase translúcida, pois evitava a luz do sol. Seus olhos tristes lhe davam um ar de doce melancolia e sua boca era vermelho sangue, por mordê-los de aflição durante todos os seus pesadelos. Seu rosto estava abatido pois dormia mal e só se alimentava depois de desmaiar uma ou duas vezes, afinal não sentia prazer na comida. Seus únicos momento de calma aconteciam quando bebia e, assim fugia de tudo o que se passava em sua cabeça.
Tinha chegado ali por volta das 8 da noite e, como estava exaustaprocurou uma pensão barata onde dormir. Algumas horas depois, foi acordada por mais um de seus pesadelos com o padrasto e resolveu sair à cidade para conhecê-la melhor. A cidade fedia menos durante a noite e as prostitutas que se ofereciam aos pedestres se puseram a chingá-la, imaginando que ela era mais uma a ocupar o ponto. Violet as ignorou por completo, pois tinha levado dinheiro suficiente para dois anos de luxo, não que acreditasse que viveria tanto.
O ponto mais animado da cidade parecia ser uma taberna, onde alguns poetas brindavam às suas fantasias e contavam histórias que creíam terríveis. De repente, surge um anjo, o ideal de perfeição de todos ali. James para na hora sua narrativa sanguinolenta e lhe oferece um copo de whiskey, que ela acaba de uma vez só. Com um sorriso desafiador, ela diz:
- Terais que tentar algo mais forte para me deixar feliz. Terais que contar histórias mais assustadoras que a minha vida para me assustar. E, acima de tudo, terais que ser mais verdadeiros do que jamais fôsteis para sequer me fazer suspirar.
E então se calou e se pôs a ouvir sua narrativa. Era um bom escritor, embora não conseguisse se expressar sobre o amor, como se falasse de algo que não conhecia. Ao final de sua história, e quando estavam quase todos os bêbados desmaiados, Violet decidiu ir para o seu quarto.
Porém, foi seguida por James, que lhe perguntou se poderia subir e conversar um pouco. Ela lhe assentiu com um sorriso agradável.
- O que procuras por aqui? - ela perguntou.
- Procuro um amor pelo qual valha a pena morrer, um sentimento de verdade.
- E como poderias sentir depois de estar morto? Afinal, a morte é o fim de todos os sentimentos, sejam eles bons ou não. Buscas a pureza do amor ou o prazer de uma noite?
- Busco a ti, ao menos por hoje.
- Fizeste sua escolha. - ela disse e, com um beijo selu o destino do jovem poeta. Passou o resto da noite com ele e, no dia seguinte se mudou dali, para não ser mais encontrada. No dia seguinte a este, ele leu sua melhor história aos colegas de taberna, aquela que seria seu grande sucesso póstumo, enquanto tossia suas primeiras gotas de sangue. Duas semanas depois, ele morreu tuberculoso.
Tinha chegado ali por volta das 8 da noite e, como estava exaustaprocurou uma pensão barata onde dormir. Algumas horas depois, foi acordada por mais um de seus pesadelos com o padrasto e resolveu sair à cidade para conhecê-la melhor. A cidade fedia menos durante a noite e as prostitutas que se ofereciam aos pedestres se puseram a chingá-la, imaginando que ela era mais uma a ocupar o ponto. Violet as ignorou por completo, pois tinha levado dinheiro suficiente para dois anos de luxo, não que acreditasse que viveria tanto.
O ponto mais animado da cidade parecia ser uma taberna, onde alguns poetas brindavam às suas fantasias e contavam histórias que creíam terríveis. De repente, surge um anjo, o ideal de perfeição de todos ali. James para na hora sua narrativa sanguinolenta e lhe oferece um copo de whiskey, que ela acaba de uma vez só. Com um sorriso desafiador, ela diz:
- Terais que tentar algo mais forte para me deixar feliz. Terais que contar histórias mais assustadoras que a minha vida para me assustar. E, acima de tudo, terais que ser mais verdadeiros do que jamais fôsteis para sequer me fazer suspirar.
E então se calou e se pôs a ouvir sua narrativa. Era um bom escritor, embora não conseguisse se expressar sobre o amor, como se falasse de algo que não conhecia. Ao final de sua história, e quando estavam quase todos os bêbados desmaiados, Violet decidiu ir para o seu quarto.
Porém, foi seguida por James, que lhe perguntou se poderia subir e conversar um pouco. Ela lhe assentiu com um sorriso agradável.
- O que procuras por aqui? - ela perguntou.
- Procuro um amor pelo qual valha a pena morrer, um sentimento de verdade.
- E como poderias sentir depois de estar morto? Afinal, a morte é o fim de todos os sentimentos, sejam eles bons ou não. Buscas a pureza do amor ou o prazer de uma noite?
- Busco a ti, ao menos por hoje.
- Fizeste sua escolha. - ela disse e, com um beijo selu o destino do jovem poeta. Passou o resto da noite com ele e, no dia seguinte se mudou dali, para não ser mais encontrada. No dia seguinte a este, ele leu sua melhor história aos colegas de taberna, aquela que seria seu grande sucesso póstumo, enquanto tossia suas primeiras gotas de sangue. Duas semanas depois, ele morreu tuberculoso.
Tuesday, 9 September 2008
A Dama da Noite - Primeiro Capítulo
Finalmente Violet voltara para a sua velha Londres. Depois de uma década e meia fora, sua cidade era o mesmo lixo humano sombrio. Porém, agora ela se sentia parte dali, afinal não era mais a criancinha feliz e sonhadora. Ainda lembrava de si mesma aos cinco anos. Sua mãe lhe dizia que iam deixar toda aquela miséria, agora que tinha se casado com um lorde escocês. Não! Ela não queria se mudar! Gostava de sua vida, gostava de ver as pessoas que passavam na freira em que sua mãe trabalhava, enquanto brincava com sobras e conversava com o pequeno Will, um vizinho. Gostava de ficar perto dele e nem sabia o porquê.
Mesmo assim, ela teve que acompanhar a mãe. E como ela estava linda em seu casamento! Seu belo rosto era emoldurado por longos cabelos negros, que lhe caíam até a cintura fina em um vestido branco sem brilhos, mas que apenas realçava seus detalhes. Ela tinha em seus lábios um sorriso que havia muito tempo não revelava. Aliás, essa fora a última vez que Violet a viu sorrir. A noite seguinte à das núpcias fora o começo de eu pesadelo. Ouvia seu padrasto bater em sua mãe impiedosamente, xingando-a de nomes que até então não conhecia. Ela resistiu por 4 anos para proteger sua filha e, depois disso sua vida ficou ainda pior.
Suportou tudo pelo que passara a sua mãe, toda a violência, todos os atos forçados por dez anos, até que, numa noite em que não suportava mais o nojo por aquele homem, pegou uma faca e atacou seu agressor, que dormia bêbado ao seu lado. Cantava feliz como quando tinha 5 anos enquanto fazia o sangue espirrar do corpo já sem vida. Tomou um longo banho para se purificar para sempre daquele maldito e vestiu as roupas de sua mãe, que lhe caíam perfeitamente bem. Deu uma última olhada na casa de seus pesadelos e foi embora lentamente, junto com o sentimento que nada estava bem. O ano seguinte ela passou fugindo das autoridades locais e tentando voltar para Londres, imaginando o quanto seria feliz quando voltasse à sua cidade.
Mesmo assim, ela teve que acompanhar a mãe. E como ela estava linda em seu casamento! Seu belo rosto era emoldurado por longos cabelos negros, que lhe caíam até a cintura fina em um vestido branco sem brilhos, mas que apenas realçava seus detalhes. Ela tinha em seus lábios um sorriso que havia muito tempo não revelava. Aliás, essa fora a última vez que Violet a viu sorrir. A noite seguinte à das núpcias fora o começo de eu pesadelo. Ouvia seu padrasto bater em sua mãe impiedosamente, xingando-a de nomes que até então não conhecia. Ela resistiu por 4 anos para proteger sua filha e, depois disso sua vida ficou ainda pior.
Suportou tudo pelo que passara a sua mãe, toda a violência, todos os atos forçados por dez anos, até que, numa noite em que não suportava mais o nojo por aquele homem, pegou uma faca e atacou seu agressor, que dormia bêbado ao seu lado. Cantava feliz como quando tinha 5 anos enquanto fazia o sangue espirrar do corpo já sem vida. Tomou um longo banho para se purificar para sempre daquele maldito e vestiu as roupas de sua mãe, que lhe caíam perfeitamente bem. Deu uma última olhada na casa de seus pesadelos e foi embora lentamente, junto com o sentimento que nada estava bem. O ano seguinte ela passou fugindo das autoridades locais e tentando voltar para Londres, imaginando o quanto seria feliz quando voltasse à sua cidade.
Monday, 8 September 2008
Argumentações contra a própria carne - First Chapter
Era meia noite e Sophie estava sentada num banquinho escondido no meio do central park. Tinha fome. A última dose de sangue que tinha tomado tinha sido um drink de vodka, morango e A+. Espreitava qualquer vítima que pudesse aparecer, pelo menos para desacordá-la e tirar um pouco do seu sangue. Com o último acidente de trem que teve na Pensilvânia, todos os postos de saúde dos Estados Unidos tiveram que mandar suas reservas para lá, de modo a ajudar todas as vítimas. Sophie odiava isso, ela não gostava de ter que caçar em busca de sangue, mas era realmente uma questão de vida ou morte.
Passados alguns minutos, finalmente alguém vinha naquela direção. Mas ainda estava longe, de modo que Sophie podia pensar na melhor maneira de abordá-la. Era ótimo poder sentir coisas a longa distância quando se tratava da sobrevivência de sua espécie. Pouco tempo depois, o cheiro da provavel vitima vinha mais apurado. Foi então que todas as defesas de Sophie se desarmaram. O cheiro de sua vitima era tao adoravelmente inebriante que ela nao pode preparar o ataque.
Algo naquele cheiro lhe lembrava de alguma coisa de antes de se tornar a criatura que é agora. Achava até então que era o mesmo cheiro que seu primeiro amor exalava assim que ela tinha sido tranformada. Era extremamente estranho pensar que mesmo depois desses quase 100 anos ainda se lembrava do cheiro do seu 1º amor verdadeiro. Ele era um duque, inglês, modos impecáveis. Na época que desabrochou a paixão entre os dois, ela tinha uns 17 anos e ele, por volta de 23. Mas se conheciam desde crianças, pois os pais deles era amigos. Ela concretizou uma relação fulgaz com ele durante muito pouco tempo. E depois, ele partiu para se focar em seu trabalho. Quando ele voltou, uns 8 anos depois, queria casar com ela. Ficaram mas dois meses depois, ela estava com 25 anos e foi transformada, o que a obrigou a se afastar de todos que amava.
Mas algo nesse cara que estava prestes a passar por ela, a intrigava. Ele tinha o mesmo odor de seu antigo noivo, Charles, mas mesmo assim não tinha. Era como se o cheiro dele fosse o mesmo, acrescido de uma leve essencia de canela e menta. Tão agradável a seu olfato superior. Toda essa brincadeira que o odor dele fez com as suas memórias, acabaram distraíndo-a de seu objetivo e de todo o mais. De repente, ela ouviu uma voz suave como se fosse a melodia de um violino, mas também grave e sexy como um som de um baixo:
- Moça, a senhora está bem?
Passados alguns minutos, finalmente alguém vinha naquela direção. Mas ainda estava longe, de modo que Sophie podia pensar na melhor maneira de abordá-la. Era ótimo poder sentir coisas a longa distância quando se tratava da sobrevivência de sua espécie. Pouco tempo depois, o cheiro da provavel vitima vinha mais apurado. Foi então que todas as defesas de Sophie se desarmaram. O cheiro de sua vitima era tao adoravelmente inebriante que ela nao pode preparar o ataque.
Algo naquele cheiro lhe lembrava de alguma coisa de antes de se tornar a criatura que é agora. Achava até então que era o mesmo cheiro que seu primeiro amor exalava assim que ela tinha sido tranformada. Era extremamente estranho pensar que mesmo depois desses quase 100 anos ainda se lembrava do cheiro do seu 1º amor verdadeiro. Ele era um duque, inglês, modos impecáveis. Na época que desabrochou a paixão entre os dois, ela tinha uns 17 anos e ele, por volta de 23. Mas se conheciam desde crianças, pois os pais deles era amigos. Ela concretizou uma relação fulgaz com ele durante muito pouco tempo. E depois, ele partiu para se focar em seu trabalho. Quando ele voltou, uns 8 anos depois, queria casar com ela. Ficaram mas dois meses depois, ela estava com 25 anos e foi transformada, o que a obrigou a se afastar de todos que amava.
Mas algo nesse cara que estava prestes a passar por ela, a intrigava. Ele tinha o mesmo odor de seu antigo noivo, Charles, mas mesmo assim não tinha. Era como se o cheiro dele fosse o mesmo, acrescido de uma leve essencia de canela e menta. Tão agradável a seu olfato superior. Toda essa brincadeira que o odor dele fez com as suas memórias, acabaram distraíndo-a de seu objetivo e de todo o mais. De repente, ela ouviu uma voz suave como se fosse a melodia de um violino, mas também grave e sexy como um som de um baixo:
- Moça, a senhora está bem?
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